terça-feira, 12 de outubro de 2010

Índice que reajusta aluguel sobe 7,77% em 12 meses, aponta FGV

A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, subiu 1,15% em setembro, na comparação com agosto cujo o índice teve alta de 0,77%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

No ano, a variação foi de 7,89%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 7,77%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou variação de 1,60%. No mês anterior, a taxa foi de 1,24%. O índice relativo aos bens finais variou 1,14%, em setembro. Em agosto, este grupo de produtos mostrou recuo de 0,15%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 1,32% para 3,99%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) teve alta de 1,29%. Em agosto, a taxa foi de 0,40%.

O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,29%. Em agosto, a taxa foi de 0,33%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,48% para 0,26%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. O índice de bens intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,34%, ante 0,41%, em agosto.

No estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas variou 4,08%, em setembro. No mês anterior, o índice registrou variação de 4,44%. Os itens minério de ferro (15,08% para 0,28%), soja (em grão) (10,55% para 3,07%) e café (em grão) (1,23% para 0,73%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: milho (em grão) (2,18% para 15,99%), algodão (em caroço) (0,44% para 30,97%) e aves (0,17% para 7,76%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,34%, em setembro. No mês anterior, a variação negativa de 0,27%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para alimentação (-1,28% para 0,56%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: hortaliças e legumes (-9,59% para -4,07%), frutas (-3,31% para 1,33%) e carnes bovinas (1,64% para 3,94%).

Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: vestuário (-0,90% para 0,72%), saúde e cuidados pessoais (0,21% para 0,39%) e educação, leitura e recreação (0,02% para 0,17%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: roupas (-1,43% para 0,79%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,04% para 0,31%) e passagem aérea (-3,09% para 1,15%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas taxas de variação os grupos: despesas diversas (0,52% para 0,14%), transportes (0,22% para 0,11%) e habitação (0,23% para 0,22%). Nestas classes de despesa, os destaques foram os itens: cigarro (0,90% para 0,00%), álcool combustível (5,35% para 0,60%) e tarifa de eletricidade residencial (0,20% para -0,21%), respectivamente.

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou variação de 0,20%, abaixo do resultado do mês de agosto, de 0,22%. Dois dos três grupos componentes apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: serviços (0,60% para 0,32%) e mão de obra (0,06% para 0,04%). O grupo materiais e equipamentos apresentou variação de 0,36%. No mês anterior, a taxa foi de 0,32%.

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